Me encantei com o belo sem olhar o que mais ele tinha de beleza,
Projetei nessa imagem o que queria que fosse de fato.
De fato, sem traço ele não era.
Contudo quão egoísta eu fui,
Sem permitir que se revelasse como "ser".
Me prendi à imagem que eu queria que ele fosse
E o ele, coitado, atado pelos meus "achaques" resolveu por deixar-me com minha ilusão.
Quando o personagem que criei não tinha mais forças de viver,
o traço se borrou e a figura não me pareceu tão bela.
De impulso, assim, meio sem pensar - meio sem sentir,
Atirei culpas ao outro,
Derramei culpas ao mundo...
Sendo que culpas só pertencia a mim
por ter podado uma rosa de se mostrar.
Hoje, brotando em outro jardim, a rosa cresce
e cresce lindamente.
E vejo com um misto de admiração e nostalgia.
Ele cresce agora em outro quintal.
"...Estendi os dedos em meio aos cabelos e, com os indicadores e polegares unidos, ao mesmo tempo, com muito cuidado, apanhei cada borboleta. Essa era tão, tão vermelha que parecia sangrar."
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Entre_laçados
Ele chegou assim:
sem pedir muito espaço
meio sem compasso
me causando embaraço
Olhou para mim,
Me entregou verdes
Me cheirou nas frestas
E prometeu amor sem fim.
Pegou-me entre os braços
Segurou minhas pernas
assim,
Como quem faz um laço
E nos amarrou.
E amarrada,
Emaranhada,
Desarmada,
Ele me teve...
Ele me tem,
E me terá!
Porque entre o nosso nó está o melhor de nós!
sem pedir muito espaço
meio sem compasso
me causando embaraço
Olhou para mim,
Me entregou verdes
Me cheirou nas frestas
E prometeu amor sem fim.
Pegou-me entre os braços
Segurou minhas pernas
assim,
Como quem faz um laço
E nos amarrou.
E amarrada,
Emaranhada,
Desarmada,
Ele me teve...
Ele me tem,
E me terá!
Porque entre o nosso nó está o melhor de nós!
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