Me encantei com o belo sem olhar o que mais ele tinha de beleza,
Projetei nessa imagem o que queria que fosse de fato.
De fato, sem traço ele não era.
Contudo quão egoísta eu fui,
Sem permitir que se revelasse como "ser".
Me prendi à imagem que eu queria que ele fosse
E o ele, coitado, atado pelos meus "achaques" resolveu por deixar-me com minha ilusão.
Quando o personagem que criei não tinha mais forças de viver,
o traço se borrou e a figura não me pareceu tão bela.
De impulso, assim, meio sem pensar - meio sem sentir,
Atirei culpas ao outro,
Derramei culpas ao mundo...
Sendo que culpas só pertencia a mim
por ter podado uma rosa de se mostrar.
Hoje, brotando em outro jardim, a rosa cresce
e cresce lindamente.
E vejo com um misto de admiração e nostalgia.
Ele cresce agora em outro quintal.
Não sei se as nossas referências culturais são as mesmas, só sei que novamente você escreveu alguma coisa que eu já senti, já li, enfim deve ser porquê é uma coisa corriqueira a qual cansamos de ver , sentir ou mesmo viver ...
ResponderExcluirParabéns por traduzir em palavras o que com sentimentos não conseguimos definir ...